quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Confissões Macabras

No confessionário, chega um sujeito cabisbaixo e diz:
- Padre, o senhor soube que o Mário morreu?
- Que tristeza, filho... Mas o que aconteceu com ele?
- Ele estava dirigindo o seu carro esportivo em direção à minha casa a toda velocidade e quando ia chegando e tentou parar, os freios falharam e o carro chocou-se no poste. Mário foi lançado pelo teto solar, voou uns 10 metros e acabou se arrebentando contra a janela do meu quarto, no segundo andar!
- Ave Santíssima, que modo horrível de morrer!
- Não padre, ele sobreviveu. E então, no chão do meu quarto, todo arrebentado, sangrando e coberto de vidro, ele tentou se levantar segurando na maçaneta do meu guarda-roupa, que é muito pesado e acabou desabando em cima dele, quebrando vários ossos de seu corpo.
- Pobre Mário! Que morte terrível!
- Não padre, isso machucou muito, mas não o matou! Com muito esforço, ele conseguiu sair debaixo do guarda-roupa, engatinhou até a escada, tentou se levantar apoiando-se no corrimão, mas o peso dele quebrou o corrimão e ele desabou por toda a escada, ficando estatelado no chão com um ferro do corrimão fincado em sua barriga...
- Meu Deus... Mas que horror morrer assim!
- Não, padre, ele não morreu! Ele conseguiu arrancar o pedaço de ferro de sua barriga, engatinhou até a cozinha e tentou se levantar apoiado no fogão, que também não agüentou o seu peso e caiu sobre o pobre coitado... E o pior de tudo é que eu tinha deixado um bolo assando no forno e ele não agüentou o calor, juntou todas as forças e jogou o forno contra os armários. Depois disso ele abriu a geladeira para aliviar as queimaduras com gelo, mas tropeçou e acabou caindo dentro dela, em cima dos comes e bebes, se machucando ainda mais com as prateleiras, e lá ficou, todo ensangüentado...
- Que morte sofrida, Nossa Senhora!
- Não, não! Ele conseguiu sobreviver a isso, padre! Alguns minutos depois ele acordou com muito frio, queimado e com inúmeros ferimentos, viu o telefone na parede e reuniu suas últimas forças para tentar pedir ajuda. Apoiou-se na parede tentou alcançá-lo, mas, ao invés do telefone ele pôs a mão na caixa de fusíveis e zap! Dez mil volts passaram por ele, fazendo-o cair duro...
- Ave Maria! Que fim terrível!
- Não, padre, isso não o matou. Ele se levantou e...
- Espere aí, meu filho! Afinal, como foi que ele morreu?
- Padre... Eu dei um tiro nele... Por isso estou aqui...
- Mas meu filho, você ficou maluco? Por que você atirou no pobre coitado do Mário?
- Ah padre, o cara estava destruindo a minha casa!

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