quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

O Coveiro Corcunda

Aquele coveiro corcunda estava limpando um dos túmulos do cemitério, quando ouve alguns ruídos esquisitos e, assustado, começa a correr.
- Não corra... eu não vou te fazer mau - diz uma voz que começa a se materializar à sua frente.
- Quem é você? - ele pergunta, com voz trêmula.
- Eu sou o fantasma Gaspar! Você tem amigos?
- Não! - responde o coveiro.
- Tem dinheiro?
- Não!
- Tem família?
- Também não!
- Então, me dá essa corcunda! - e desaparece no ar.
Felicíssimo, o coveiro sai contando para todo mundo o ocorrido.
Ao relatar o acontecido para um amigo paraplégico, este último resolve tentar a mesma sorte e passa a freqüentar assiduamente o cemitério.
Até que um dia ouve a mesma voz:
- Quem é você? - ele pergunta.
- Eu sou o fantasma Gaspar! Você tem amigos?
- Não! - respondeu o aleijado, todo sorridente.
- Você tem dinheiro?
- Não!
- Você tem família?
- Também não!
- Então, toma essa corcunda!

Nenhum comentário: